terça-feira

Turismo na Normandia

Hoje, quando a maré está baixa, coches puxados a cavalo cruzam a praia que, no verão, é invadida pelos banhistas.

O interesse pela Normandia é grande: jovens e idosos da França, Inglaterra, EUA, Dinamarca e Suécia (e alguns poucos da Alemanha) visitam os inúmeros museus e postam-se para fotografias diante das ruínas de guerra.

Passados 60 anos do Dia D, os visitantes são transportados em modernos microônibus, acompanhados de elegantes guias turísticos multilíngües e param nos lugares em que a história segurou o fôlego.

Por exemplo, em Arromanches, onde acontecem as cerimônias oficiais em memória do 6 de junho, vêem-se enormes blocos de concreto abandonados no mar. São restos do famoso porto artificial construído às pressas pelos ingleses para abastecimento das tropas. Mas Arromanches é também um balneário turístico.

A beleza da Normandia engana. As dunas da região ainda mostram as cicatrizes da Segunda Guerra Mundial: abrigos antiaéreos, trincheiras e sucatas de veículos militares. As ruínas do campo de batalha, transformadas em monumentos históricos, impressionam os turistas. Veteranos, que foram inimigos na guerra, hoje chegam em grupos e contam suas lembranças. "O importante é ter sobrevivido", dizem. Alguns deles dedicam-se a projetos de reconciliação, outros escrevem suas memórias, como por exemplo o ex-primeiro-sargento alemão Alexander Uhlig.

"Tínhamos boas relações com os franceses, que continuam até hoje. A cada três anos, passamos três a cinco dias na Normandia. Há 25 anos, nos hospedamos sempre no mesmo hotel. Visitamos as antigas linhas de batalha, onde, às vezes, somos convidados para um drinque com idosos locais.

Os franceses então dizem: 'É verdade que fomos libertados, mas, enquanto os alemães estavam aqui, havia ordem' ", conta Uhlig.

Fonte: DW

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